Infulero

O calor escaldante do verão tropical é mais uma conseqüência climática das ações do homem, que desrespeita a natureza na busca pelo progresso. O crescimento insustentável é a chave das catástrofes e mudanças climáticas. Com isso a humanidade precisa se adequar a essa nova realidade. Ontem, por exemplo, não fui à padaria no final da tarde como de costume, pois não quis sair da “proteção” do ar condicionado. É certo que não tinha fome, mas também não tinha um compromisso ou obrigação. Entretanto foram marcadas várias partidas para o horário das 17h no campeonato gaúcho. Um absurdo, com requintes de crueldade. O que pensaram os diretores da Federação Gaúcha de Futebol?

Onde está o respeito com os atletas?

Qual o atrativo para que o público compareça nesse horário?

Não se pensa no torcedor trabalhador ao se marcar um jogo para o horário comercial?

Perguntas simples que não tem uma resposta óbvia.

Linha Campeira – suando

Muito se fala sobre o regional e o parâmetro, pois o Internacional atropelou os adversários no Gauchão 2009, vencendo o último jogo com uma goleada histórica sobre a “touca” juventudista, mas não tendo o mesmo aproveitamento nos campeonatos subseqüentes da temporada.

A torcida exige campeonatos, o que é perfeitamente compreensível, está correto e deve ser assim. No entanto não devemos esquecer que em 2009 o Inter foi campeão, ou vice, de todos os campeonatos que disputou. Ou seja, o saldo não é tão ruim assim. Por outro lado, o torcedor lembra com razão, de que sempre que o esquadrão colorado enfrentou os grandes adversários do país e do exterior, sucumbiu.

Feito esse esclarecimento, necessário no meu ponto de vista, sigo essa linha para analisar a questão de “o regional e o parâmetro”.

No ponto de vista em que se faz um comparativo das atuações da equipe diante de adversários infinitamente mais limitados quanto a elenco, estrutura, torcida e financeiramente, podemos dizer que vencer com facilidade é praticamente obrigação. Fica a dúvida de como a equipe irá se portar frente a um adversário em iguais condições de grandeza, digamos assim. Herança de 2009. Eis a primeira dúvida entre o regional e o parâmetro.

Acontece que algumas coisas podem não estar saindo tão bem. No caso de alternância entre vitórias heróicas, empates e derrotas, a disparidade de grandeza passa a gerar desconfiança, para usar a palavra que está na moda. Nesse caso a questão de um embate contra adversário em iguais condições, tem outra entonação. Desconfiança?! Eis a segunda dúvida entre o regional e o parâmetro.

O conceito de parâmetro é relevante para cada análise, pois há quem entenda que o regional é parâmetro por testar entrosamento, a idéia do treinador, o poder de reação em uma situação adversa, a personalidade de cada jogador ao enfrentar o arqui-rival, o potencial do plantel. Mas há quem entenda que o parâmetro ideal é a situação real de um campeonato de ponta, contra adversários diretos em disputas reais em igualdade de condições.

Como se vê, a questão está diretamente relacionada ao ponto de vista e do conceito de parâmetro de quem faz a análise.

Pessoalmente entendo que o regional é o parâmetro, pois reúne condições ideais para uma avaliação do elenco e do trabalho que está sendo preparado para a temporada. O regional será a base para a avaliação do grupo que está sendo montado para o ano. Obviamente não quer dizer que esse grupo não evolua, ou desande, dependendo de contratações, lesões, politicagens e tudo que envolve o futebol. Mas é um parâmetro de avaliação.

O que tu acha?

Linha Campeira – Regional