Infulero

Um problema crônico no mundo, no Brasil então, vix.

Solução para isso? Vai saber. Alguns testes já foram feitos, outros estão em andamento, mais não vejo nada melhor do que cobrar, cobrar e cobrar.

Um teste realizado, se não me engano, foi em um campeonato paulista onde testaram a possibilidade de utilizar dois árbitros, vejo isso como um problema a mais. Muitas vezes escuto o comentário: “Esse tipo de lance é interpretativo”, pois bem, temos dois árbitros, o de uma metade do campo acha que se a bola bate na trave e volta na mão do zagueiro é pênalti, o da outra metade não “interpreta” assim, legal, explica isso para os jogadores, dirigentes e torcedores.

Uns levantam a bandeira que em caso de dúvida, deve-se parar o jogo e os árbitros discutem o lance, bom, vai ter que reduzir o tempo de jogo para 15 minutos corridos. Mais é assim que funciona no basquete e no futebol americano, sim, mais o investimento financeiro nesses eventos possibilita que emissoras “percam” espaço na sua grade para transmitir um evento que não tem um horário específico para acabar, que dure três, quatro horas. Os espaços para propaganda são bem superiores aos de uma partida de futebol.

Acredito que a principal e mais funcional idéia é a profissionalização, mais profissionalização mesmo. Assim como tem empresas especialistas em fornecer ao mercado profissionais para limpeza, segurança, jardinagem e outros, o ideal seria criar empresas especialistas em arbitragem, em formar árbitros e disponibilizá-los ao mercado.

Querem organizar um campeonato, vai lá e contrata uma empresa dessas para se responsabilizar pela arbitragem. Sendo uma empresa assim, se o funcionário, leia-se árbitro, não render, não alcançar as expectativas, não contribuir para a o bom andamento do evento, passa no RH e acerta sua saída, como em qualquer empresa de qualquer ramo que visa sempre prestar um bom serviço ao cliente.

Uma vez sendo cobrados, os árbitros terão que se manter em forma, atualizados quanto às regras e recomendações da FIFA para não terem seu emprego ameaçado.

É a cobrança que faz o funcionário render, ou não (como diria Caetano). Em caso negativo, o funcionário não serve para continuar exercendo o cargo. Hoje os árbitros acumulam funções, uns são advogados, outros contadores e assim não da.

Outro ponto a ser implantado para a arbitragem seria dar explicações sobre as atitudes tomadas em campo. Os atletas, técnicos, interinos, etc, tem que dar explicações a todos antes, durante e depois dos jogos. São entrevistas nos treinamentos, entrevistas durante a partida, na saída para o intervalo, na volta do intervalo e no final ainda tem as coletivas. São várias explicações, porque perdeu o pênalti, porque não passou a bola, porque o rendimento caiu, porque colocou aquele e não esse jogador, enfim, todos tem que explicar absolutamente tudo.

E os árbitros ? Devem sim explicar porque não deram o pênalti, porque a cotovelada de um foi para expulsão e a de outro nem falta foi, porque não estão acompanhando as jogadas de perto. O que acontece é que eles vão para as partidas, fazem o que bem entendem e vão embora, sem comentar absolutamente nada.

Acredito que explicações evitariam algumas polêmicas.

Se profissionalizar e começar a cobrar, colocar na parede, certamente eles irão se preocupar mais em acertar, vão se preparar melhor.

Pode parecer utopia, mais não custa tentar. 🙂

 Ah, o mesmo poderia se pensar para os gandulas. O gandula ser do time mandante é só para criar problema.

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   Fábio Vitorino