Ontem fui a Tasca do Chico, casa de Fado Vadio, um clássico do Bairro Alto (Lisboa) e assisti uma boa parte do Hungria-Portugal. Cheguei logo após a jogada do gol de Pepe. Cobrança de falta de Deco, levantada para a pequena área, Pepe antecipa-se ao guarda-redes húngaro e marca cedo o placar definitivo do jogo. Eram 7 minutos. Portugal conseguia o 1 a 0 e mantinha-se vivo nas eliminatórias para a Copa do Mundo-2010.

O jogo a seguir foi uma amostra de quão fraco é o futebol europeu, fora dos grandes centros (Inglaterra, Itália, Espanha). Os húngaros ficaram fechadinhos lá atrás, mas assim mesmo permitiam que o Cristiano Ronaldo recebesse a bola com apenas um marcador pela frente. Isso ocorreu em duas oportunidades. Que não deram em nada, como é costume, quando o CR veste a camisola das quinas. Fora isso, o dito “melhor e mais caro do mundo”, fez aquele joguinho de vedeta, em que recebe a bola cercado, tenta cavar a falta e esbraveja e faz caretas quando o juiz não marca. Deprimente espectáculo. Portugal tenta atacar com imensa dificuldade. E o cúmulo da baixa produtividade do time, percebe-se em lances de erro de passe curtos, entregues mesmo a feição para o adversário contra atacar, mas por sorte, os húngaros nada queriam com a bola. O treinador tuga que é um excelente adjunto, Carlos Queiroz, fez lá suas trocas que não acrescentaram em nada. E nos últimos 15 minutos, a Hungria resolveu dar um calor na seleção luso-brazuca (afinal já lá estão 3). Os conterrâneos de Ferec Puskas foram a frente, conseguiram uns tiros de canto, o que me fez pensar o quanto Portugal estava arriscado a levar o gol, que seria como a última pá de terra, na cova tão cuidadosamente cavada por “els” mesmos. Mas chegou o fim, Portugal afinal venceu e agora é fazer contas: Dinamarca tem 18 em 1º; Suécia tem 15 em 2º, Hungria e Portugal tem 13. O primeiro colocado tem a vaga assegurada, e o segundo, se for um dos 8 melhores, vai para um morre-morre. Na penúltima rodada, dia 10 de Outubro próximo, a Dinamáquina tem que garantir-se a ela mesma e dar uma mãozinha a Portugal. Para isso uma vitória dos dinamarqueses frente aos suecos era o ideal. E Portugal joga em casa, novamente com os húngaros a derradeira chance de chegar ao 2º lugar… ou não?

(ae galera do Infulero, 10 de Outubro será que conseguimos bilhetes? O jogo é no estádio da Luz)

Após o fado português, um passeio pelas capelinhas, com pitacos de Uruguai e Colômbia, um jogo em que a Colômbia joga aquele futebol que aqui na Europa não se gosta. Com passes de pé em pé, dribles e viradas de jogo. Mas claro, como vamos comparar essas seleções sulamericanas com a poderosa Hungria de Puskas, esteja o Major onde ele estiver. Para além, de Uruguai e Colômbia, também vi um ataque fulminante do Paraguai sobre a Argentina com a trave salvando temporariamente a seleção do Dieguito. Hoje vejo que a Argentina já caiu para o 5º lugar, o lugar que dá direito a repescagem frente ao país, 4ª colocado do grupo das Américas Central e do Norte. Faltam duas rodadas e a Argentina pega o Peru, seu eterno saco de pancadas, e o Uruguai pega o Equador. Se ambos vencerem, teremos um jogo para cardíacos na última rodada. Uruguai x Argentina, valendo vaga pra Copa. Nossos hermanos do Rio da Prata a tempos não viam algo assim.

By Tasquinhero

Sempre que há jogos das seleções sulamericanas ou europeias, eu me posto na frente da teve para acompanhar a performance dos ditos “melhores do mundo – Fifa” e quase sempre a atuação destes deixa muito a desejar. A impressão que se tem é que se o adversário não é o Getafe ou o time do chefe Wigan, ou o Stoke City ou o Cádiz FC., ai a coisa complica e as pedaladas e os chutes e os gols desses “melhores do mundo – Fifa” desaparecem. Cadê o futebol dos caras??? É só colocar um Luisão na frente que o cara treme? Basta colocar 3 volantões com nome terminado em “sen” para o carinha deixar de passar o pé sobre a bola??

Eu sou da opinião que essa eleição de melhor do mundo fifa veio para estragar o futebol. Surge um jogador acima da média e logo, logo, o mundo do futebol fica especulando se o cara vai ser o eleito do ano. Pra já, esse jogador tem que se transferir para um dos campeonatinhos bambambam. Que na América do Sul ele nunca vai ser eleito. Queria ver esses caras tendo que dividir uma bola com um zagueirão do Avaí na Ressacada, ou fazer firulas no campo dos Aflitos. Ai é que eu quero ver. Sem falar do risco de tomar uma bola no meio das pernas de um volante desconhecido que saiba sair jogando. Mas então, eis que o futuro eleito vai pros england, españa da vida. Cai logo num dos melhores times do planeta e arredores, passa o ano ganhando merengues dos campanheiros e empilhando gols nos timecos. E o único trabalho que tem é ficar ensaiando os passos para trás na hora de bater faltas. E aquela pose pro close da camera antes de correr para a cobrança. Se a bola passa da barreira ou não, nem interessa. Importa é o close, a expressão do eleito. Nem vou falar dos resultados dos times, que isso está a léguas do pensamento dessas figuras.

E na hora de colocar sua seleção no mundial, o eleito faz má figura atrás de má figura. Isso que os adversários são: Dinamarca, Hungria, Suécia (o melhor do grupo), e os sempre tradicionais Malta, Albânia. Sinceramente, não se classificar num grupo desses? Devia devolver o prémio de melhor do mundo…

Ou entregar pro colega Liedson. Que se não fosse o golzinho do levezinho, a vaca a muito que tinha ido pro brejo…

Francamente

By Tasquinhero