Infulero

Uma Aventura das Arábias – Parte 2

Posted on: 21 dezembro 2010

Se ainda não leu a 1ª parte da aventura, pode ler clicando aqui: Uma Aventura das Arábias.

Esses dois dias que nos separavam do 2º jogo do Inter no Mundial passaram rápido. A quinta-feira foi passada dentro do Parque da Ferrari. Aparte turístico: imagino que para os fãs da Ferrari, o parque seja bastante interessante. Vários carros espalhados pelo parque (modelos novos, modelos antigos, F1, etc), para além das atrações em si. Para mim, que não sou nenhum ferrarista, o parque não apresentou nada de mais. O que valeu o passeio foi a Formula Rossa, a montanha russa mais rápida do mundo, onde na arrancada diz-se ultrapassar os 200km/h. Pela sensação, eu acredito!

A sexta-feira foi passada metade na piscina, com direito a cerveja sentadinho no bar dentro d’água, e a outra metade no Dubai Mall, o maior shopping do mundo, que para nós tem a atração de estar do lado do Burj Khalifa – maior prédio do mundo –, e entre um e outro ter um grande lago artificial onde diariamente ao fim da tarde executam um belíssimo espetáculo de água e música.

Mas finalmente o sábado chegou. No ínicio da tarde, rumávamos para o estádio Zayed Sports City. O clima da ida estava beeem diferente do da terça-feira. O pessoal todo já estava novamente de alto astral, mas sem a animação toda do outro dia. Íamos a um jogo, apenas isso.

No estádio, apenas a torcida do Inter se fazia presente, aos milhares. O jogo da grande final, Internazionale x Mazembe, era apenas às 21h, por isso quando começou o nosso jogo, às 18h, nem italianos nem congoleses tinham ainda aparecido. A torcida colorada tomou conta da sua arquibancada e cantava à vontade. E sim! Ela estava lá! Já recuperada da decepção de 4 dias antes, a loirinha cantou e vibrou sorridente novamente. Jizas, e como…. ah, vocês sabem.

Para fazer as pazes com a torcida, a equipe colorada dessa vez veio saudar-nos, os jogadores bateram palmas para a torcida, Pato atirou seu bonezinho pra galera, tudo em paz. E em campo, com a bola rolando, a equipe também era outra. Talvez porque do outro lado o adversário também era outro, mas tudo isso vocês leram na Zero, compraram o Correio, blá blá blá.
A torcida, esta vibrava, cantava e aplaudia cada vez que o Renan tocava na bola (sim, era com ironia). Mas o momento mais marcante do jogo estava guardado mais para o final. Por volta dos 75min de partida, uma substituição inusitada. Roth troca o goleiro, sai Renan e entra Pato Abbonanzieri. Inusitada se não houvesse uma justificativa, claro. Era a grande despedida do goleiro, que fazia ali sua última partida profissional. A torcida aplaudiu-o de pé, no momento da substituição e no final do jogo, cantando seu nome. Pato não se fez de rogado, saltou as placas de publicidade e veio para a lateral do campo retribuir os aplausos e agradecer aos torcedores (com mais um saco de bonés, trazidos às pressas pelo Clemer).

O jogo de fundo, o jogo importante, foi só festa para a torcida colorada. Em um tom alegre e, why not, provocativo, o grito que se ouvia era “Mazembe! Mazembe!”. Os italianos, a essa hora já em grande número no meio dos colorados, olhavam em volta sem entender nada. Algo como “esses caras torcem para um Inter e não vou torcer para a nossa Inter??”.
Pela metade do 2º tempo, aconteceu o 2º grande momento da noite. O jogo estava bom, mas era de pouco interesse para grande parte da torcida. Foi quando um grupo de árabes, talvez da comissão organizadora, sei lá, começaram a ensaiar a ola, no meio da massa vermelha. Os italianos que ali estavam colaboravam e tentavam dar a partida, mas os colorados estavam em maior número e não queriam saber de ola, e para abafar a tentativa começamos a cantar. As músicas coloradas começaram a ecoar no estádio, uma atrás da outra, e não pararam mais. Rolando Internazionale e Mazembe em campo, e a torcida do Inter cantando sem parar, e pouco ligando ao que acontecia lá embaixo. Gritamos e cantamos com mais força e entusiasmo que em qualquer momento anterior. Arrepiante. Jizas! E como cantou e vibrou entusiasmada a loirinha da fila da frente!

Após o jogo, a volta para o Dubai foi novamente silenciosa, mas mais pelo sono. Chegamos no hotel perto da 1h da manhã. Às 4h, o despertador já estava tocando, e às 4h30 estávamos saindo do hotel no carro que nos traria ao aeroporto. Agora são 8h30, daqui cerca de meia hora parte o voo para Copenhagem, e depois outro para Lisboa, onde chegaremos daqui cerca de 14h. O cansaço é algo! Mas a alegria de ter vindo também é grande. Apesar da tristeza da derrota em campo, ter vivido essa experiência foi algo que não tem preço. Quem sabe, daqui a um ano, o Inter não volta ao Mundial, então no Japão? Quem sabe o Luis repete a pergunta que nos levará até lá? E, Jizas, quem sabe a loirinha não esteja lá??

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Colorado, Colorado!
Nada vai nos separar!
Somos todos teus seguidores!
Para sempre eu vou te amar!!

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JucaBala

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