Diariamente recebemos na porta a edição da Zero Hora. A parte de esportes foi lida toda. Pouco ou quase nada se pode acrescentar ao que está lá escrito e certamente em sites há ainda mais coisas.

O jogo (terceiro dia)

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O dia amanhece esquisito. Esquisito nada, é inverno aqui. Da janela do quarto dava para ver as folhas das palmeiras (abundantemente irrigadas pra que sobrevivam) balançarem com vontade. Lá fora o vento é frio. Fresquinho.

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Sábado, 11 de Dezembro de 2010. 6h30 da manhã. Toca o despertador. Esse foi o primeiro segundo do início da aventura. Uma aventura de 2 malucos que um dia se perguntaram: e se fossêmos a Abu Dhabi ver o Inter no Mundial? E porque não??

A primeira etapa da aventura seria a mais entediante. Saindo de Lisboa no sábado pelas 9h30 da manhã, tivemos pela frente horas e horas de voos e conexões, só chegando ao Dubai (nosso q.g.) 17 horas depois, 6h30 da manhã em horário do Dubai. Uma viagem cansativa, mas cheia de expectativas por aquilo que nos esperaria. E logo no aeroporto, à chegada, vimos um pequeno exemplo disso: mais ou menos junto com nosso voo havia chegado um outro com um grupo de colorados. Pelo aeroporto já se via uma grande quantidade (imaginávamos nós) de camisas vermelhas. Mal sabíamos que isso era apenas o começo…

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Ou …

Fica Roth!

Talvez seja essa a grande verdade do futebol. A piada não perdoa. O Internacional tripudiou da piada e quase inventou a anti-piada. Mas a Piada é Mortal por contra-atacar no fim. O treinador que começa bem e acaba mal, chegou ao ápice de sua carreira. Começou com o maior Título da sua carreira e acabou como a vergonha do ano. Fica Roth!

Por essas e outras que eu penso, numa hora dessas o treinador tem que ter a humildade de dizer: “Eu saio e não quero indemnização. Porque não atingi o objectivo mínimo.” Espernear e falar que a indemnização é em nome da honra como vi muitos a dizer este ano,  é lamentável. Poupem me de suas bravatas! Numa hora dessas brigar por indemnização é mostrar seu verdadeiro carácter.

Sempre falamos em soberba e arrogância. A vergonha que o lado vermelho sente e que o lado azul aponta é fruto dessa soberba e arrogância. O Mazembe foi um time de futebol que fez a estratégia correcta. Usou das suas melhores características e quando viu que dava, foi ao ataque e marcou. Teve mais goleiro quando exigido. Mereceu a vitória e o adversário da final que se cuide. Seja ele coreano ou italiano, porque a “previsão” era que haveria o jogo Inter x Inter no Mundial. Aguardemos o jogo da tarde.

Renan não foi bem, D’Alessandro perdeu seu gol. Sóbis perdeu três. Giuliano perdeu um. Alecsandro? Sem comentários. E antes deles todos, o maior responsável: o treinador que foi no mínimo omisso.

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O Torcedor Colorado do Bairro Alto.

O Tasquinhero multiplica-se pelos bares do Bairro Alto a procura do torcedor colorado que “previu”, em Maio último, a final do Mundial de Clubes de 2010 entre Inter e Inter. Por onde andará aquela figura? O gajo de Porto Alegre parece ter bazado das noites lisboetas. Continue lendo »

O café da manhã é igualmente multicultural. E imenso. American pancakes, English Breakfast, frutas, frutos secos, queijos, frios, pães, cornflakes. Uma confusão de pessoas proporcional ao barulho que fazem. Descemos tarde, quase no final do horário. Quando passou das 10h30 começou a diminuir a zoeira e deu pra curtir um pouco a refeição com calma.

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Para quem costuma viajar de Portugal para o Brasil, enfrentar diferenças de 4 horas nos fusos não é nenhuma novidade. Entretanto o voo  que fizemos acabou sendo uma armadilha. Apesar de durar “apenas” 6h30, começou às 21h locais (20h em Portugal) e terminou às 6h30 hora local – 2h30 hora de Portugal – por onde o sono estava regulado. Entre sair do aeroporto e chegar no hotel foram 2 horas. Recebemos a chave do quarto às 10h30, portanto 6h30 pela hora do sono. Nesse momento já tinha batido as 24 horas acordado. Ou seja, armadilha porque não conseguimos dormir no voo já que ele acabou antes do cansaço bater. Quando este veio, ligam-se as luzes, serve-se o café, pouso, desembarque, trâmites de aeroporto, bagagem, encontra o guia, etc, etc, etc … Finda essa função, dormimos umas 3 horas apenas para fazer uma quebra na sequência, e também o corpo não acompanhava mais.

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Quatro. São os dias que faltam para a estreia.

Dois. São os representantes do INFULERO que se farão presentes no Mundial de Clubes.

Colorados, claro, torcedores.

Levam na bagagem, além da mesma esperança dos outros quatro mil novecentos e noventa e oito torcedores e dos vinte e três atletas, portáteis e máquinas fotográficas para contar as histórias presenciadas lá … onde as coisas vão acontecer. A expectativa dos dias que antecedem os jogos, as emoções durante os jogos e o que acontecerá depois deles. O máximo de informações e detalhes dentro do que é possível a dois ‘jornalistas’ sem credencial no meio do que é um evento dessa magnitude.

Portanto, a partir de domingo, diretamente de Abu Dhabi para o INFULERO
Juca Bala & Statistix

Aos que assistirem os jogos, de repente dão conosco na arquibancada.

ÔÔÔÔÔÔ VAMO VAMO INTER!
VAMO VAMO INTER!
VAMO VAMO INTEEEEEEEEEER!

Statistix & Juca Bala

Cinco mil.

É o número estimado de torcedores colorados presentes nos Emirados Árabes acompanhando o Internacional. Agarrados na esperança de mais um título … na revalidação do título de há quatro anos.

Cinco mil vozes entoando os cânticos que ecoam pelo Beira-Rio, incentivando a equipe que acostumou-se a jogar ouvindo essas vozes e esses cânticos.

Cinco mil representantes de toda uma nação que acompanhará de longe, pela TV e pelo rádio.

Cinco mil que se farão ouvir entre os demais quarenta e quatro mil presentes no estádio Zayed Sports City.

Cinco. São os dias que faltam para a estreia

Statistix

Cento e oitenta minutos.

O tempo que dura o caminho para qualquer um dos quatro lugares possíveis de serem atingidos pelo Inter.

Cento e oitenta minutos para o céu ou para o purgatório.

Todos e cada um deles iguais e com a mesma duração. Tecnicamente falando, claro. Pois haverá minutos curtíssimos e haverá também os intermináveis. Haverá minutos carregados de emoções e haverá os mornos. Haverá minutos de tensão e haverá os de descontração. Mas certamente, dentre todos estes, haverá os de lágrimas nos olhos.

Cento e oitenta minutos. Tão iguais e tão diferentes entre si.

Seis. São os dias que faltam para a estreia.

Statistix